quinta-feira, maio 20, 2010

Dia Mundial da Hipertensão Arterial - 17 de Maio 2010

Três jovens tiveram a ideia de seguir o exemplo de nalgumas aldeias de Portugal existir ainda a tradição em que o padeiro coloca os sacos do pão pendurados nas portas com o pedido habitual. Foi este o ponto de partida para uma Campanha de Guerrilla que decorreu no Alentejo no passado dia 17 de Maio, Dia Mundial da Hipertensão. “Queríamos chegar à população de uma forma original, através da mudança de um pequeno hábito no seu dia-a-dia” explica um dos organizadores.

A organização


Foi ao encontro desse objectivo que contactaram José Aragonez, detentor da panificadora Fabripan Alentejo, uma das pioneiras na redução de sal no fabrico de pão, e das lojas Olha Aqui Há Pão.

O segundo contacto foi com a Sociedade Portuguesa de Hipertensão que apoiou a campanha com o envio de cartazes e panfletos informativos. “Neste momento já tínhamos um saco para o pão que continha um panfleto informativo e uma embalagem de sal fino com um autocolante que explicava às pessoas que podiam efectuar a troca gratuita da embalagem de sal por um pão sem sal em qualquer loja Olha Aqui Há Pão.Ficaram também definidos os locais onde se poderia efectuar as trocas: Estremoz, Vila Viçosa, Alandroal, Bencatel e Arcos. Mas ainda nos faltava algo”. Entraram então em contacto com Isa Almeida, elemento activo da Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação de Vila Viçosa, que propôs que se efectuassem Rastreios de Hipertensão numa tenda da Cruz Vermelha Portuguesa, em Vila Viçosa.

O relógio marcava 3:30. Era a madrugada de dia 17. A primeira distribuição aconteceu em Vila Viçosa e posteriormente em Estremoz. Toda a população dormia ainda. Quando terminou a distribuição nos Arcos, o relógio marcava as 7:50. Ao longe, algumas pessoas olhavam com estranheza para os sacos pendurados. Eis que chega a primeira pessoa com o saco na mão “Olhe, a minha esposa não pode comer nada com sal e por acaso nunca experimentámos o pão sem sal. Nem sabíamos que havia. Eu cá vou comer do outro que posso, mas vou levar este para ela experimentar.” Chegam mais duas senhoras de idade que explicam que foi o filho mais velho de uma que lhes leu o rótulo da embalagem.

Distribuição dos sacos de campanha pela população





A equipa seguiu para o Alandroal onde a distribuição e a adesão foi um sucesso.
Em Bencatel já muita gente andava pelas ruas. Por todos os cantos se ouvia falar dos sacos pendurados. Pessoas que já tinham feito a troca explicavam a outras como proceder.

Numa das Padarias




Eram as nove horas e a missão dava-se por terminada com o ultimo saco a ser colocado. A equipa mudara agora a estratégia: percorrer as várias localidades e informar pessoalmente a população. Simultaneamente, em Vila Viçosa, os voluntários da Cruz Vermelha entravam em acção com a Tenda de Rastreios.

Tenda de Rastreios da CVP de Vila Viçosa



Das 2.000 embalagens de sal foram efectuadas 1103 trocas por pães sem sal. Na tenda da Juventude da Cruz Vermelha, em Vila Viçosa, foram efectuados 50 rastreios de Hipertensão Arterial. A campanha foi um sucesso.

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